sexta-feira, 9 de maio de 2014

Das saudades

Ouvir falar em queimas e trajes e cortejos e serenatas e todo o seu envolvente e complementar, batem umas saudades bem lá no fundo. Dos tempos em que era feliz sem saber. Dos tempos que acordava ao meio dia e me deitava sem ver as horas. Dos tempos que nem despertador usava. As horas nem interessavam. Dos tempos em que o álcool era o componente mais frequente da semana. E os cheetos e os doritos e as muralhas. Dos tempos em que bebiamos qualquer coisa, por mais ruinzinha que fosse. Também não interessava o que bebiamos porque bebiamos de penalti, nem lhe chegavamos a sentir o sabor. Dos tempos das capas pretas, que ficavam bem em qualquer ocasião. Da saudade. De Coimbra.

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