quinta-feira, 24 de maio de 2018

Adoro ouvir conversas absurdas em que os intervenientes só dizem merda, e não me pronunciar. A sério, é que nem tenho pachorra para explicar as barbaridades que lhes saem da boca, isto em casos que as pessoas em causa não me são próximas, obviamente. Há pessoas com quem tenho obrigatoriamente que conviver, mas cujas linhas de raciocínio eu abomino. Daquelas pessoas que acham que tem ideias que nunca antes ninguém teve, mas que são só estúpidas. Poderiam ser revolucionárias, mas não. Hoje estavam a falar sobre as empresas que contactam por telefone e pedem para gravar a conversa. A personagem em questão disse: "Isso não serve de nada, eu posso alegar que não é a minha voz."

Sou só eu que acho estúpido? Apetecia-me dizer que após assinar qualquer documento também pode alegar que a assinatura não é dele. 

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Pensamentos de um dia em que antes do pequeno almoço rebentas com uma garrafa de compal e rasgas as meias, em actos isolados e independentes

E quando te habituas tanto a uma ideia, a um estado, que tomas aquilo como dado adquirido, é aquela a tua percepção da realidade, mas esqueces que é apenas isso, uma percepção, e que existem tantas outras possíveis. Como quando te habituas à dor física, ou até à redução da acuidade visual, que se torna para ti a normalidade, esqueces que é possível um estado diferente. Esqueces que com um par de óculos adaptados a ti, novos Tal como te habituas à maldade do mundo, ao desinteresse das pessoas, a uma vertente de apatia emocional, que infelizmente acabas por aceitar a "derrota", te render. 
Quando acreditas piamente que já nada te pode surpreender, pela positiva, porque pela negativa já estás sempre precavida, e eis que afinal, vislumbras uma possibilidade, que, no entanto, nem consegues ainda aceitar que pode ser uma possibilidade, de tão fechado que o teu mundo anda. Pois, a ideologia é contar com o pior, para limitar as desilusões ao máximo, e, sem contar, essa ideologia enraíza-se no teu sistema. 
O ser humano é criatura de hábitos, habitua-se ao frio e já não sabe se existe calor.
Não sei se fiz sentido. Se não fiz, não é nada de novo (é que nem vou reler para não me confundir....)

terça-feira, 15 de maio de 2018

O que não nos mata, torna-nos mais fortes.

Sempre discordei disso, achava uma estupidez que se pudesse regressar de algo tão impactante pela negativa, com algo positivo. No entanto, ficam sempre sequelas, danos colaterais, um pseudo stress pós-traumático. 
Como é óbvio, mesmo que ultrapassadas, ninguém escolheria passar por "elas" novamente. Mas a verdade é que sobreviver a essas situações traumáticas, sejam elas quais forem, ou de que natureza, ganhamos resistência a outras, ganhamos anticorpos, ganhamos força. Seja para situações que agora nos parecem insignificantes, seja para situações repetidas que encaramos com outros olhos e outra postura.
O reverso da medalha são as marcas que ficam. A dor latente que apesar de escondidinha, não deixa de existir. Há sempre algo dentro de nós que se altera, e nem sempre é no melhor sentido.
Mas sim, o que não nos mata, torna-nos mais fortes, e é o ponto positivo a tirar de algo negativo.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Afinal não há muita diferença

Costumam dizer que aos homens não podemos falar por meias palavras, nem por dicas subtis, relativamente ao que pretendemos e ao que pensamos. Pois, vai-se a ver e não é que às mulheres também não! Apenas os fundamentos na base de tal constatação são distintos: aos homens temos que transmitir diretamente e sem rodeios, porque sozinhos eles não alcançam o sentido da coisa. Às mulheres, o sentido da coisa também tem que ser transmitido nu e cru, senão há mil e um filmes a circular na pensamento e leva-nos à loucura andar a adivinhar o que é e o que não é.
Confuso?
Pois a puta da vida também o é.
Deal with it.



(Dormi mal)