quarta-feira, 21 de março de 2018

37

Como já tinha dito, o nome do blog refere-se ao equilíbrio, que para mim é sempre o ponto certo para se estar, em qualquer situação. Os exageros nunca privilegiaram ninguém, e no meio está a virtude, segundo dizem. O equilíbrio, a estabilidade, a simetria, a harmonia, a proporcionalidade. Não que a vida tenha que ser um tédio imutável, obviamente que não, também sou fã de loucuras esporádicas (e racionais, não consigo pôr o racional de parte), mas no que diz respeito a alcançar a paz interior. A paz interior não é o 8 nem o 80, é o 37.
 
E bem vinda Primavera, que é apenas o auge da demonstração desse equilíbrio pela Natureza.
 

P.S.

Ainda relativamente aos atrasados crónicos, só para vos dar um exemplo, e para que consigam perceber a dificuldade da cena, no meu ginásio há aulas de abdominais de 15 minutos. E eu chego sempreeee os 5 minutos atrasada. Numa aula de 15 minutos. Numa coisa que quem perde sou apenas eu. E nas outras aulas que faço, a minha sorte é que o professor se atrasa ainda mais que eu!

terça-feira, 20 de março de 2018

Triste é

...ter lingerie nova há já 2 meses e não a estrear.

segunda-feira, 19 de março de 2018

Atrasados crónicos

Sabem aquelas pessoas irritantes que chegam sempre atrasadas a tudo e mais alguma coisa? Não digo um atraso exagerado de horas, mas apenas aquele atraso épico de 5 minutinhos. Sou eu. E quando são marcações mais flexíveis e menos delimitadas, o atraso eventualmente será maior (quando dizem entre as x horas e as x horas por exemplo). Mas não é por mal!!!! Parece que há sempre algo que nos leva nessa direcção, ou é porque tenho que trocar de roupa à última da hora, ou é porque me esqueço de algo e tenho que voltar atrás...ou quando não é imprevisto nenhum, arranjo sempre algo mais para fazer. E não, não adianta por o despertador mais cedo, coloca-lo longe da cama para me obrigar a levantar, adiantar os relógios 10 min, deixar a roupa pronta no dia anterior (eu faço!!!), porque o resultado é sempre o mesmo. É um misto de procrastinação com perfeccionismo. Eu explico, pois acredito que à primeira vista pareça que me estou a contradizer, mas juro que é isto. Por um lado, adio sempre tudo para a última da hora, apesar de tomar as devidas precauções, uma vez que estou consciente deste meu flagelo. Por outro lado, quanto mais tempo tenho para me arranjar, mais eu me empenho nisso, ou seja, se tiver 10 minutos para me arranjar, eu faço o standard, se tiver meia hora, eu empenho essa meia hora também, já que tenho tempo, dou mais um toque aqui, ou ali, arranjo melhor o cabelo, ponho mais make do que o básico, etc... Mas garanto, juro, dou a minha palavra, de que tento sempre chegar a horas, mas algo me impele a atrasar aqueles 5 minutos irritantes. MASSSSSS, soube que afinal há mais gente por aí como eu!
A todos que já sofreram com os meus atrasos, as mais sinceras desculpas.

quarta-feira, 14 de março de 2018

Is it too much to ask?

Tem piada como, por vezes, mesmo quando não cresces com determinados exemplos, é isso que desejas para a tua vida. Cresci numa família em que todos os casamentos foram desfeitos, menos o dos meus avós, mas apenas porque o divórcio ainda era ostracizado na época. Mesmo a união dos meus pais nunca foi referenciada como uma história de amor. Casaram ao fim de 28 dias. E não, não foi por um acesso de paixão intensa, mas apenas porque sim... Eu e a minha prima brincávamos a dizer que havia maldição na família. No entanto, cresci a desejar o oposto, um conto de fadas (agora chamo-lhe conto de fadas, pelo que constato na realidade atual, mas sempre tive ideia que era o "normal"), um namoro algures iniciado na adolescência, ser pedida em casamento algures na casa dos vintes, viajar muito a dois, uma casinha, e com calma, constituir família. Cá estou nos 33 sem nada disso. Pelos vistos era projeto demasiado exigente. Tem piada, não tem? A ironia. Apenas gostava de experienciar o que vejo à minha volta: "o" pedido, o casamento, alguém que queira conhecer o mundo comigo, ter um bebé... Sim, aparentemente é pedir muito.

(Não, não tenho o relógio biológico a dar horas, somente uma divagação)

sexta-feira, 9 de março de 2018

Nível unicórnio

Sabem aquela música tão linda do "A vida toda" da Carolina Deslandes? (aqui) que versa assim:

"Ali
Eu soube que era amor para a vida toda
Que era contigo a minha vida toda
Que era um amor para a vida toda"


Tenho a dizer que acho esta música, apesar de linda, de muito mau gosto, cada vez que a oiço parece que me cospe para a cara. Ah e tal, nós temos um amor para a vida toda e tu? Gente, isso existe mesmo? Eu no lo creo, mas também não vão por mim porque eu estou avariadinha das ideias. Mas cheira-me que a possibilidade de isso nos aparecer à frente é tipo nível unicórnio. Ou no máximo nível panda albino (na verdade nem sei se existem, mas perdoem-me a inércia, não me apetece ir fazer a pesquisa).



 
 

terça-feira, 6 de março de 2018

A porta mágica

Ando a ver a série "La casa de papel", e num episódio utilizam uma simbologia deveras interessante. Uma personagem contava que em criança passava noites sozinha em casa, e que a mãe desenhou uma porta mágica no quarto dela. Essa porta mágica levava-a até à mãe, quando ela não suportasse mais o medo. Mas só podia ser utilizada uma única vez. Então, de cada vez que ela sentia medo, pensava "E se amanhã tenho mais medo? Consigo aguentar mais um pouco." E ela nunca abriu a porta mágica. Ajudou-a a aguentar, a suportar um pouco mais o medo. A ser mais forte.
Adorei a metáfora.
Então o truque é pensar: aguenta só mais um pouquinho, ainda consegues aguentar mais. Seja por dor, tristeza, medo. E a porta mágica pode simbolizar diversos fins também. E assim se passam horas, dias, e cada vez custa menos. I hope.

(desenhei uma portinha aqui na minha secretária)
 
 
 
 
 

segunda-feira, 5 de março de 2018

Do 80 ao 8, a vida é um carrossel

Começo por esclarecer o nome do blog, que almeja o equilíbrio, que é sempre o enquadramento certo para se estar, é o ponto G da vida.
Posto isto, a dificuldade está APENAS em alcançar esse ponto certo, esse equilíbrio, saber identifica-lo e permanecer nele. Mas o mais comum, e contra mim falo, (ou melhor, falo por experiência), é passar do 80 para o 8, quando se dá tudo e ficamos na merda, a tendência é para, numa próxima situação, dar apenas o 8. Ora, se fores um ser humano com o mínimo de sentimentos, é deveras impossível dares o 8, e invariavelmente dás mais um pouco. E invariavelmente vais sofrer, ou pelo menos, alguém sofre sempre. Mas claro que a solução não é fechares-te em copas e não te dares a ninguém....ou melhor, até poderá ser, mas não fará de ti uma pessoa feliz. Resumindo, não tens outra opção senão dares-te, tentando que seja em equilíbrio, e com a consciência que pode correr mal...
Ontem um amigo desabafou comigo porque o namoro de 3 semanas tinha terminado. Ela disse-lhe para dar tudo, ele deu, e ela "não aguentou". Agora nem falam, ela disse-lhe precisava de tempo, porque tinha sido tudo muito rápido e intensivo, mas que queria que ficassem amigos e que se mantivesse na vida dela. Ele, previsivelmente, optou por deixar de falar, afastar-se e ver se ela sente a falta dele. Ela até poderá sentir, poderão até voltar, mas não vai durar outras 3 semanas. Digo eu, que o "não sei" nunca se transforma num sim. Muito menos na parte inicial de um namoro, onde a tesão do mijo está ali sempre a inebriar os pensamentos. Se ela já lhe atirou um "não sei" e um "tempo", assim tão depressa, meu amigo não vais ter sorte. Tentei dizer-lho de forma suave, mas acho que ele ainda não está na fase da aceitação.
Outra pessoa confidenciou comigo hoje ao pequeno almoço, um homem já na sua meia idade. Começou por dizer que as dependências são lixadas. Percebi que tem relacionamento novo. Confessou que não queria criar laços, manter a sua independência, para depois não sofrer com a ausência. Mas que uma pessoa acaba por se afeiçoar e quando dá por ela, já sente a falta. Lá está, uma pessoa minimamente nutrida de sentimentos, não tem relacionamentos sem criar laços. Não conseguimos viver em sociedade sem criar laços, e ao criar laços, inevitavelmente o sofrimento vem junto. E isto não é estar a ser negativa, a realidade é que sofremos sempre, muito ou pouco, seja por horas, seja por meses, temporariamente ou definitivamente, alguém sofre sempre.
 
MAAAAAAAAS, é assim a vida, certo? Portanto, o melhor é tentar sempre o equilibro.
Quanto ao carrossel, é daqueles clássicos, que dão voltas mas sem sair do sitio, com altos e baixos, com cenários que vão mudando, mas no fundo é sempre igual.