quarta-feira, 14 de março de 2018

Is it too much to ask?

Tem piada como, por vezes, mesmo quando não cresces com determinados exemplos, é isso que desejas para a tua vida. Cresci numa família em que todos os casamentos foram desfeitos, menos o dos meus avós, mas apenas porque o divórcio ainda era ostracizado na época. Mesmo a união dos meus pais nunca foi referenciada como uma história de amor. Casaram ao fim de 28 dias. E não, não foi por um acesso de paixão intensa, mas apenas porque sim... Eu e a minha prima brincávamos a dizer que havia maldição na família. No entanto, cresci a desejar o oposto, um conto de fadas (agora chamo-lhe conto de fadas, pelo que constato na realidade atual, mas sempre tive ideia que era o "normal"), um namoro algures iniciado na adolescência, ser pedida em casamento algures na casa dos vintes, viajar muito a dois, uma casinha, e com calma, constituir família. Cá estou nos 33 sem nada disso. Pelos vistos era projeto demasiado exigente. Tem piada, não tem? A ironia. Apenas gostava de experienciar o que vejo à minha volta: "o" pedido, o casamento, alguém que queira conhecer o mundo comigo, ter um bebé... Sim, aparentemente é pedir muito.

(Não, não tenho o relógio biológico a dar horas, somente uma divagação)

1 comentário:

Anónimo disse...

Acabaste de descrever a perfeição. Penso até que esta situação não está ao nível de unicórnio alado. Por vezes, só não acontece por mero acaso.