quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Sindrome da Disney

As voltas e cambalhotas que a puta da vida nos faz dar. Durante o nosso crescimento e desenvolvimento enquanto ser, incutem-nos falsas ideologias, metas puramente ilusórias, e contos de fada que nem nos livros deviam existir. Passo a explicar... Empurram-nos aquele conceito de que os estágios da vida são "aqueles", alcançar a felicidade junto do tal, comprar casa, fazer bebés, ter uma cerca branca num jardim verdinho e ter um labrador para destruir o jardim verdinho. Começo logo por rebater a primeira ilusão. O/a "tal" é bullshit. Mas isso acho que já é de conhecimento mais ou menos generalizado, pelo menos na faixa etária em que me encontro. Mas entretanto cansei-me de ouvir "vais encontrar alguém, vai aparecer". Não... Isso é dar esperança, dar ânimo, eu sei. Mas! É tapar o sol com a peneira, é não abrir os olhos com medo de ver, porque se há tanta gente por aí que simplesmente não encontra ninguém, e fica sozinha... Não pode ser o meu caso? Não acontece só aos outros... Por isso, porque nos atiram com unicórnios e nuvens feitas de algodão doce para cima? Eu recuso-me sempre a viver enganada, em todas as perspetivas. Não procuro subterfúgios. Se for, é... Se não for, não é, e pronto! Tudo bem na mesma. O errado foi chaparem-nos com ilusões e visões distorcidas da realidade, ao nível de nos sentirmos deslocados, marginalizados, desenquadrados, por não seguirmos a corrente, não que falte a vontade, mas porque, infelizmente e simplesmente, não está apenas nas nossas mãos.
Se eu queria o conto de fadas? Queria pois. Quem nunca se mascarou de princesa?
Mas, existem muitos disfarçados de "tais", muitos com potencial a "tais", desengane-se quem ainda acredita encontrar "a" alma gémea... Não, não há perfeição nem na compatibilidade entre duas pessoas, mas, vá, nem tudo é negro, existe sim, a vontade de querer que resulte, o esforço em alinhar objetivos e definir metas possíveis e alcançáveis. Existem pessoas que se mantém juntas uma vida inteira. Mas não é por magia, não é por encantamentos. É por dedicação, vontade, e sobretudo, personalidade (e obviamente tanta mais coisa que não vou enunciar).

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