terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

A infelicidade é apenas a falta de realismo nas expectativas


Hoje disseram-me isto. True. Dizia o meu amigo FP, que também partilhava este dogma, "És feliz porque és assim, todo o nada que és, é teu." Mas será falta de realismo nas expectativas ou será ter mesmo expectativas? Porque o realismo nas expectativas é muito subjectivo, ora, se são expectativas é porque aguardamos um resultado que desconhecemos, e se desconhecemos esse mesmo resultado, o mesmo não pode ser previsto com realismo, certo? Então o mal é mesmo o "esperar algo". Eu sempre pensei que era realista, aliás, um todo ou nada pessimista até, precisamente para esperar o pior de modo a não ter desilusões. Mas a esperança é uma coisa tramada, sacana, que nos faz acreditar num desfecho positivo mesmo quando não queremos e negamos a pés juntos que é isso que esperamos. É inevitável aquele vestígio de esperança, de ilusão, a imaginação foge-nos sem dar conta, e de repente já são feitos filmes inteiros e respectivas sequelas na nossa cabecinha. E é nesse momento que a comédia romântica vira drama, quando nos puxam o tapete e nos pregam uma rasteira. Basicamente e no fundo desta treta toda, para não nos desiludirmos o ideal é nos estarmos a cagar. Não nos importarmos. Fácil falar, mas na hora da verdade é difícil ser assim... Eu já aprendi que acabamos por nos desiludir com toda a gente que nos rodeia. Mas também tenho consciência que isso só acontece que esperamos demais uns dos outros, esperamos que nunca nos mintam, que estejam sempre lá, esperamos mil e uma coisas. Life's a bitch e o ser humano é imperfeito. Já aprendi a ser benevolente e a aceitar os defeitos dos outros (e a tentar corrigir os meus). Só ainda não aprendi a baixar as expectativas ao nível certo...

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