quarta-feira, 11 de março de 2015

Correr. Ou...

Eu não gosto de correr. Ainda assim corro, porque tem que ser. Mas sem espírito, sem vontade, apenas vou no embalo, porque tem que ser. Durante a corrida há sempre subidas, em alguma parte do percurso. Nas quais é um sacrificio continuar a correr, apetece parar, desistir, atirar-me para o chão, tropeçar e bater com o focinho, só para não ter que continuar, é doloroso, doi a cada segundo, uma dor azucrinante que parece que não vai acabar nunca e só surge no pensamento: "Não. Não quero. Já chega." E, intercalando as subidas, há o plano. Em que não custa tanto, em que se deixa ir a mentalizar "só mais um bocadinho". Mas continua a ser uma luta interna. Porque este tipo de lutas são sempre internas. De nós para nós, até haver consenso. Mas há pessoas que gostam de correr, tem apetência para tal, disfrutam sem dores azucrinantes. Dá para ser dessas pessoas?

Digam que sou preguiçosa e que é tudo uma estupidez e um exagero. Mas isto também não é sobre corridas. 

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