Começo por esclarecer o nome do blog, que almeja o equilíbrio, que é sempre o enquadramento certo para se estar, é o ponto G da vida.
Posto isto, a dificuldade está APENAS em alcançar esse ponto certo, esse equilíbrio, saber identifica-lo e permanecer nele. Mas o mais comum, e contra mim falo, (ou melhor, falo por experiência), é passar do 80 para o 8, quando se dá tudo e ficamos na merda, a tendência é para, numa próxima situação, dar apenas o 8. Ora, se fores um ser humano com o mínimo de sentimentos, é deveras impossível dares o 8, e invariavelmente dás mais um pouco. E invariavelmente vais sofrer, ou pelo menos, alguém sofre sempre. Mas claro que a solução não é fechares-te em copas e não te dares a ninguém....ou melhor, até poderá ser, mas não fará de ti uma pessoa feliz. Resumindo, não tens outra opção senão dares-te, tentando que seja em equilíbrio, e com a consciência que pode correr mal...
Ontem um amigo desabafou comigo porque o namoro de 3 semanas tinha terminado. Ela disse-lhe para dar tudo, ele deu, e ela "não aguentou". Agora nem falam, ela disse-lhe precisava de tempo, porque tinha sido tudo muito rápido e intensivo, mas que queria que ficassem amigos e que se mantivesse na vida dela. Ele, previsivelmente, optou por deixar de falar, afastar-se e ver se ela sente a falta dele. Ela até poderá sentir, poderão até voltar, mas não vai durar outras 3 semanas. Digo eu, que o "não sei" nunca se transforma num sim. Muito menos na parte inicial de um namoro, onde a tesão do mijo está ali sempre a inebriar os pensamentos. Se ela já lhe atirou um "não sei" e um "tempo", assim tão depressa, meu amigo não vais ter sorte. Tentei dizer-lho de forma suave, mas acho que ele ainda não está na fase da aceitação.
Outra pessoa confidenciou comigo hoje ao pequeno almoço, um homem já na sua meia idade. Começou por dizer que as dependências são lixadas. Percebi que tem relacionamento novo. Confessou que não queria criar laços, manter a sua independência, para depois não sofrer com a ausência. Mas que uma pessoa acaba por se afeiçoar e quando dá por ela, já sente a falta. Lá está, uma pessoa minimamente nutrida de sentimentos, não tem relacionamentos sem criar laços. Não conseguimos viver em sociedade sem criar laços, e ao criar laços, inevitavelmente o sofrimento vem junto. E isto não é estar a ser negativa, a realidade é que sofremos sempre, muito ou pouco, seja por horas, seja por meses, temporariamente ou definitivamente, alguém sofre sempre.
MAAAAAAAAS, é assim a vida, certo? Portanto, o melhor é tentar sempre o equilibro.
Quanto ao carrossel, é daqueles clássicos, que dão voltas mas sem sair do sitio, com altos e baixos, com cenários que vão mudando, mas no fundo é sempre igual.