terça-feira, 10 de abril de 2018

O mito dos adultos

Venho desmistificar cenas. Penso que toda a gente tem aquela ideia de que os "adultos" são seres responsáveis, maduros, exemplares, com outras linhas de raciocínio, outro tipo de preocupações que não abrangem futilidades nem infantilidades. E eis que a idade vai aumentando e nunca percecionamos quando chega esse "ser adulto". Não nos sentimos diferentes, apesar da bagagem e da experiência que colecionamos. E, se estivermos bem atentos, observarmos com atenção esse tal "ser adulto", constatamos que afinal tem as mesmas atitudes que teria um ser adolescente, é perfeitamente possível identificar situações não tão diferentes entre idades, incluindo as respetivas reações. Ou seja, as linhas de raciocínio não mudam, divergem conforme as experiências, mas é um pouco dececionante verificar que a grosso modo não é aquele ser evoluído que tínhamos idealizado... Tem as mesmas atitudes infantis, aos 50, aos 70, aos 30... Claro que tem a responsabilidade acrescida da experiência que carregam, e, aos filhos não será tão visível, pois convém manter o pedestal... Mas, bottom line, é tudo igual, nada muda neste "mundo dos adultos".

1 comentário:

Anónimo disse...

É bem verdade... pensas exatamente como eu... o nosso «eu» é sempre o mesmo... vamos ficando mais experientes e com outros interesses, mas não é por ficarmos mais velhos que vamos deixar de ser quem somos... os Zézinhos que fomos no recreio da escola, vamos sê-los nos corredores de uma qualquer multinacional, no gabinete de um Instituto Público ou nos jardins de uma casa apalaçada numa cerimónia qualquer... simplesmente os mesmos... e, por vezes, lá sai uma infantilidade ou outra de um corpo mais velho que nos comprova isso mesmo... há pessoas, até, que não mudam o seu comportamento... só mudam de estilo de vestuário e hoje têm um corpo mais velho (embora mais vistoso - há gente que envelhece bem)...

Ludwig...