sexta-feira, 13 de abril de 2018

O adeus às personagens fictícias

Seja em frente a um ecrã, seja em frente a umas folhas de papel, é inevitável constatar que uma enorme afeição começa a apoderar-se de nós pelas personagens e locais de um determinado enredo. Enquanto aquelas personagens «estão vivas», elas fazem parte da nossa vida... e muitas vezes vivem entre nós, porque nós falamos delas àqueles que como nós também viajam para o mundo em que elas vivem... e assim, vamos vivendo com a sensação que elas nos vão acompanhar durante a nossa vida inteira... Porém, isso nunca acontece e o trágico fim por vezes ocorre em menos de uma semana... por mais que tentemos protelar-lhes o fim, ele está ao virar de uma página que se aproxima da última, ou de mais um minuto daquele último episódio. Há quem tente não as matar, evitando ler ou assistir a mais um pouco do enredo... mas, as saudades apertam e lá voltamos mais uma vez àquele mundo... outras vezes, é o próprio autor que já se perdeu na narrativa e a arrasta sem sentido fazendo-nos perder o interesse... Todavia, o adeus mais doloroso acontece quando a estória é bem contada e o autor não está preso à obrigação de a fazer render mais um bocadinho... nesses casos, o adeus é doloroso e traumático... e deixa saudades... parece que uma espécie de luto se abate sobre nós e que só o mergulho noutros mundos e a convivência com outras personagens faz mitigar aquela dolorosa ausência... benditas as séries que duram para sempre...

terça-feira, 10 de abril de 2018

Aceitar

Aceitar que nem tudo é perfeito. Ser positivo significa assumir o facto de que tudo nesta vida necessita de um equilíbrio e que nem tudo pode correr como nós queremos. Há situações que escapam ao nosso controlo e o melhor que se pode fazer é enfrentá-las com calma.

O mito dos adultos

Venho desmistificar cenas. Penso que toda a gente tem aquela ideia de que os "adultos" são seres responsáveis, maduros, exemplares, com outras linhas de raciocínio, outro tipo de preocupações que não abrangem futilidades nem infantilidades. E eis que a idade vai aumentando e nunca percecionamos quando chega esse "ser adulto". Não nos sentimos diferentes, apesar da bagagem e da experiência que colecionamos. E, se estivermos bem atentos, observarmos com atenção esse tal "ser adulto", constatamos que afinal tem as mesmas atitudes que teria um ser adolescente, é perfeitamente possível identificar situações não tão diferentes entre idades, incluindo as respetivas reações. Ou seja, as linhas de raciocínio não mudam, divergem conforme as experiências, mas é um pouco dececionante verificar que a grosso modo não é aquele ser evoluído que tínhamos idealizado... Tem as mesmas atitudes infantis, aos 50, aos 70, aos 30... Claro que tem a responsabilidade acrescida da experiência que carregam, e, aos filhos não será tão visível, pois convém manter o pedestal... Mas, bottom line, é tudo igual, nada muda neste "mundo dos adultos".