quarta-feira, 19 de março de 2014

E de repente uma aula de equitação ao ar livre parece que faz desaparecer os problemas todos. Vasquinho <3

Enough is enough - parte II

Estou farta. Estou farta de ter a minha gata doente. Estou farta da fisioterapia. Estou farta das viagens. Estou farta deste emprego. Estou farta desta vida. Estou fartinha de andar como ando. Fartinha de dar importância a quem não merece e não conseguir evitar. Estou fartinha de mim própria até. Fartinha de passar o tempo por passar e ao mesmo tempo stressar porque ele passa e eu continuo na mesma. Fartinha de não saber o que pensar, o que dizer, o que fazer. Fartinha de não saber nada e viver nesta confusão obscura. Farta. 
E estou com os níveis de irritação altíssimos. 

quinta-feira, 13 de março de 2014

Finding the silver linning

Olha, queres saber uma coisa? Ontem só me lembrei de ti no final do dia. E já nem sei porquê. Acho que foi assim um pensamento longínquo. É verdade que tive um dia de cadela, a correr de um lado para o outro, stresses, malas, limpezas. E quando tive uns minutos para divagar o meu raciocínio, puff, apareceste. E eu dei conta da diminuição da frequência com que isso tem acontecido e fiquei contente. Já faço uma encolhidela de ombros psicológica perante ti. Cabo Almeida, sarna, Vasquinho, a minha gata, fisioterapia, veterinário, foram alguns dos responsáveis. Chegar atrasada para a fisioterapia; chegar atrasada para a reunião, procurar o local da reunião e perder-me, e afinal não era reunião nenhuma; pôr toda a roupa das camas a lavar por causa da gata, fazer as malas e ter que decidir no momento que roupa vou vestir nos próximos dias, e aí que a tua gata é contaminosa; depois a outra que chega atrasada para a equitação e ainda manda bocas e eu é que sou má da fita porque coitada tem 3 filhos e então pode eximir-se de chegar a horas a cada puta de cada aula, e aí afinal não fiquei com o Vasquinho, fiquei com a X-Lady que me recusa os saltos e eu não gosto nada dela; ir a correr para o veterinário para ir buscar a minha gata, fico à espera, a Dra está em consulta volte mais tarde, volto mais tarde, o tratamento dura 4 semanas, antibiótico pela milésima vez, a gata não pode dormir comigo, isolada enquanto estiver em tratamento, como raio vou conseguir isso (????), o pagamento no veterinário, esta gata leva-me à falência, fazer outra limpeza e outra muda de cama, ter que dormir cedo porque vou passar a levantar-me bem mais cedo, a gata a miar porque está fechada... Hoje manifestam-se os resultados numa belíssima enxaqueca, é sempre bom. E saber que a minha droga está "esgotadíssima". E no meio disto tudo, aguarda-se uma visita do Cabo Almeida para prestar declarações e, em princípio, fazer a reconstituição do crime. A ver vamos.

domingo, 9 de março de 2014

Selachofobia, ofidiofobia...

Se me perguntarem do que tenho medo...além de tubarões e cobras? Do futuro. Não, não tenho medo de morrer, morrendo tens a certeza que pelo menos não sofres mais. E também não é coisa que se possa controlar, portanto ter medo é irrelevante. Mas tenho medo do futuro. Aquele tipo de medo que, só de pensar, começo a ficar mal disposta. Acho que é um medo recente, não me lembro de antes me incomodar... Mas talvez por agora não fazer ideia do que será a minha vida, do que será de mim, de não ter planos ou realizações a concretizar. É realmente triste e estúpido, mas é verdade, estou sem objectivos. Sempre os tive, mais que um e por vezes até contraditórios, alternativos e secundários. Mas deparei-me com um precipício, e vejo-me sem saída. Tudo o que eu já quis, ou é impossível ou já não quero. Mas não só a nível profissional, mas a todos os níveis, estou absolutamente desanimada. Não quero nada! O que me aconteceu para mudar tão antagonicamente? Não faço a puta da ideia. E nem é preciso pensar num futuro muito distante, basta imaginar-me daqui a dois aninhos para me dar vontade de chorar e enterrar a cabeça na almofada. Receio mesmo.

"O que queres ser quando fores grande? 
Quero ser feliz."

sábado, 8 de março de 2014

Feliz dia da Mulher

Como fazer uma criança feliz por umas horas? Dêem-lhe solinho e o seu cavalo preferido. Os animais fazem-me bem, ao contrário de tanta gente. Também me fez bem almoçar um CBO na esplanada.

sexta-feira, 7 de março de 2014

E é esta a minha vida social

Podem parar de me amandar emails e sms's de publicidade, se faxavor?? Agradecida.

Enough is enough

Já não conto os dias. Já não conto há quantos dias estás sem me dizer nada, já não conto há quantos dias não falo contigo. Já não olho constantemente para o telemóvel, à espera de ver o teu nome. O dia já não demora tanto a passar. Não nego pensar em ti, não. Apenas a tua importância se está a desvanecer. Nem nego que me entristece. Mas não na mesma medida. Agora penso com tristeza pelo que não resultou, mais um falhanço, e não com outras tristezas mais tristes. Sabes porquê? Cansei-me. Fartei-me. Porque andar a penar também cansa. E muito mais quando é sem sentido. Quando a história se repete over and over again. E já sei onde isso leva: a nenhum lado e a lado nenhum. Não é que só tenha percebido agora... Também não digo que não vá ter uma recaída... Mas cada vez custa menos, até ao dia que não custará nada. Baby steps. E aí vais valer zero, já viste? Quando podias valer milhões... Assim valho eu milhões sozinha. Sim, porque apesar de me esquecer constantemente, eu sei que tenho valor, ao contrário de ti, que desconheces esse facto. Mas a paciência acaba, até a minha, e não posso esperar eternamente que alcances esse estado de consciência. A sério, já chega, deixa-me em paz.

quinta-feira, 6 de março de 2014

I wish...#2

Era este bebézinho. Em preto ou prateado, não sou esquisita. Gasóleo. So pretty...




Messed up

- Estou confuso.
- Com quê?
- Não sei.

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in "O Livro dos Loucos", de Pedro Chagas Freitas


My point exactly.

domingo, 2 de março de 2014

Another ditch in the road you keep moving

Nada como um estado inebriado com risos à mistura, para lavar um pouco a alma e o pensamento... Se mata neurónios? Não sei, mas deu-me alguma paz de espirito... Ora se o meu mal é pensar de mais, sou capaz de ter encontrado a solução! Sim, eu sei que estou apenas a contornar os pseudo problemas e não a resolver nada, mas cada um safa-se como pode, ok?

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

É a idade

Hoje encontrei o meu primeiro cabelo branco...Isto faz-me mal.

Apetece-me FP, o único que me compreende...

NÃO: Não quero nada.
Já disse que não quero nada.

Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.
Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!

Tirem-me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) —
Das ciências, das artes, da civilização moderna!

Que mal fiz eu aos deuses todos?
Se têm a verdade, guardem-na!

Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.
Com todo o direito a sê-lo, ouviram?
Não me macem, por amor de Deus!

Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?

Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia!

Ó céu azul — o mesmo da minha infância —
Eterna verdade vazia e perfeita!
Ó macio Tejo ancestral e mudo,
Pequena verdade onde o céu se reflete! 


Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.
Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!


Álvaro de Campos, in "Poemas"

Lisbon Revisited (1923) 

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

New in

Porque não é só de tristezas que o mundo é feito...Aqui estão. Fico à espera que a Calvin Klein me compense pela publicidade. Aceito uns aneizitos ou um relógio, não sou muito esquisita.


Um aumento à minha colecção, prenda de anos. Lindoooooo!
Os meninos que eu já namorava há tanto tempo...Prenda de anos.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

To be or not to be. Is it the question?

Descobri outra coisa que também invento. Fantasias. Preciso de um par de estalos de realidade para aterrar os pés no chão. No fundo sou eu que me iludo a mim própria, pois a minha realidade fictícia é muito mais bonita que a verdadeira. Na minha ilusão, a história tem muitos episódios. Depois vou a ver, em concreto, e afinal só tem meia dúzia, e todos eles fraquitos até. Parece que sonho acordada. Acho que tenho dupla personalidade.

Há momentos em que estou ciente e lúcida, e consigo ver as coisas friamente, que é precisamente quando a tristeza se abate sobre mim, pois vejo a fatalidade da realidade. Aqui sou objectiva e alinhavo determinações perante o panorama que se me apresenta. Chego mesmo a escrever notas para mim própria, esses tais estalos de realidade, para não vacilar e para interiorizar as transcendências que me iluminam nesta fase. Doi, mas sou consciente.

Noutras alturas, prefiro enganar-me a mim própria, e pensar que nada é assim tão linear, preto no branco, que há um sem fim de paletes de cores e que não há verdades inexoráveis, certas. Aqui vivo num mundinho colorido e bonito, e alegro-me perante a ilusão de que tal pode acontecer em meu favorecimento.

Neste momento estou confusa, não sei qual das minhas facetas será a acertada, se é que existe um certo nisto tudo. Sendo fria e implacável estilo ou sim ou não, não há cá meias verdades nem dúvidas existenciais. Ou uma miúda com esperanças e que acredita num leque de possibilidades felizes, mesmo quando o presente é cinzento.

A título de exemplo:
Na maior parte do tempo (e da minha vida), sou apologista do ou se gosta ou não se gosta, contrariamente ao aprender a gostar. Isto para aquelas situações em que as pessoas andam umas com as outras porque calhou, e porque é boa pessoa e tal, e posso aprender a gostar. Isto para mim não existe. Para mim, ou dá faísca ou não dá. Se não dá, a coisa não há-de correr bem. Não digo que só haja amores à primeira vista, não. Mas tem que haver qualquer coisa, de início. Se não há interesse suficiente para pôr a máquina a mexer, não é no "vamos indo" que vai despertar. Ou queres, ou não queres. Não tens certeza? Tens dúvidas? Então é porque não é. E pronto, não adianta bater no ceguinho, adeus e um abraço.

No entanto, tem dias em que sou crente e...parva, vá. Que vacilo. Que pondero que se calhar as coisas não são assim tão lineares, nem há parâmetros supra definidos ou estipulados, e cada caso é um caso. Que talvez as pessoas tenham diferentes maneiras de gostar e de começar a gostar. Que pode haver o andar a conhecer e o deixa andar a ver no que dá.

E depois, claro, tem dias que me canso da minha dupla personalidade e invento uma terceira, que manda tudo à merda e desiste de tentar ler o ilegível.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Nonsense

Estou revoltada. Com isto. Com tudo. Com todos. A vida é ingrata, injusta, madrasta, puta. A vida é uma grandessíssima puta. Sem querer ofender as putas. E não consigo tirar sentido nenhum de coisa nenhuma. Esforço-me, mas só concluo que não há sentido algum. A vida é um grande nonsense.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Loosen up

Já sei qual é o meu problema. É preocupar-me demais, pensar demasiado. É isso, não é? Fazer mil e um filmes na minha cabeça e pensar em mil e uma respostas para problemas e questões que no fundo provavelmente nem existem. Preciso de loosen up, desbloquear o que me prende, afastar o que me azucrina, o que me tolda o julgamento. Acho que é isso. Sei lá. Tudo tem a importância que nós atribuimos, e é certo que dou demasiada importância a muita coisa. Como me consigo desprender? Gostava de ser mais "deixa andar"... Por vezes até crio discussões sozinha, sou daquelas que faz a festa, lança os foguetes e no fim ainda fica a limpar os restos... Obviamente que não é favorável à minha sanidade mental e vivo numa constante turbulência, altos e baixos por tudo e por nada. Tem dias que acordo já com aquela sensação de que nada está bem, e depois procuro a sua origem, e quem muito procura sempre encontra, mesmo tendo que inventar um bocadinho... Eu consumo-me a mim própria. Isto acentua-se quando tenho excesso de tempo livre, que leva a um funcionamento extraordinário do Tico e do Teco, e estes burros atribuem significados imaginários a situações vulgares (thanks D* :p). Eu acho que é isso. Agora a questão é, como contornar este meu distúrbio? Tenho que praticar o "caga nisso".

Que super-poder escolhias?

Já decidi que super-poder gostava de ter. Voltar o tempo atrás. Sim, andei muito tempo indecisa entre a invisibilidade, ler mentes, voar... Mas não há nenhum que se sobreponha ao poder de mudar o passado, mexer com o tempo, essa coisa tão fatal e imutável. O que diz isso de mim? Nao sei. Que me arrependo de muita coisa? Não são bem arrependimentos, mas tanto que faria diferente... Se iria fazer diferença, mudar o presente? Também não sei... Não, não vivo presa no passado, obviamente, mas quem não gostaria de voltar atrás? Fosse para viver de novo, fosse para alterar, fosse para evitar, fosse para agir... O tempo atraiçoa-nos com a sua fugacidade, quando sabemos o que dizer/fazer, ja é tarde de mais. É aquele instante, aquele segundo que se perde e não volta. É incrivel, não é? Como tudo muda mesmo quando nada se faz... Ou é porque se devia ter feito, ou é porque...porque porque porque! Se...se, se, se... A vida impõe-nos demasiados "ses", por haver demasiados caminhos, demasiadas escolhas (mesmo não tendo consciências delas), um labirinto que se embrulha, um novelo que se emaranha. 

Ou então é só porque gosto de relógios. 
Posso ter o meu super-poder agora?

Up and down, up and down, up and down

Sinto-me um iô-iô. 


sábado, 15 de fevereiro de 2014

Pensa o que quiseres

Se há coisa que odeio que me digam é "Pensa o que quiseres". Não que nunca o tenha dito, sim já disse, mas quando quero mesmo demonstrar que me estou a marimbar para essa pessoa. "Pensa o que quiseres" é mandar à merda. Eu sei que penso o que quero, mas cabe à outra pessoa, se a isso se dignar, tentar mudar a minha opinião e mostrar-me que estou errada. E "Tu é que sabes, pensa o que quiseres", uiii adoro...Eu sei que eu é que sei, e eu sei que penso o que quero. Não me venham dizer o que já sei, digam-me o que queira saber. Ai, 29 anos sem liberdade de pensar! E agora finalmente posso pensar o que quiser! Uau, é que nunca tal me tinha ocorrido...A quem de direito, eu respondo: vai tu.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

To give up

“O pior é sempre o momento em que se desiste. Mas pior ainda do que o momento em que se desiste é o momento em que se decide desistir. O momento em que, com coragem, se consegue dizer: acabou.
Pior do que o efectivo instante em que acaba é o efectivo instante em que se decide que acabou. É aí, e não antes nem depois, que a dor maior assoma: é aí que a derrota assoma.
Pior do que perder é ser obrigado a decidir perder.”

Pedro Chagas Freitas