quinta-feira, 17 de junho de 2010

doença.

a cidade está deserta e alguém escreveu o teu nome em toda a parte....
nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas....
em todo o lado essa palavra repetida ao expoente da loucura...
ora amarga...ora doce...
para nos lembrar que o amor é uma doença...
quando nele julgamos ver a nossa cura...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

ELOGIO AO AMOR - Miguel Esteves Cardoso in Expresso

"Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática.
Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não  se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem  planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de  ser combinado.
Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O  amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão,  que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão  prática.  O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade,  ficam"praticamente"  apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores  do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a  saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como  um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? 
O amor é  uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para  onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O  amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe,  não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é  necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por  muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. 
E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo  de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."




Será que ainda existe?

domingo, 11 de abril de 2010

Letargia

A olhar para as estrelas peço...um interesse. Um pequenino e inofensivo interesse, é pedir muito? Um que me faça acordar com um sorriso, que me faça adormecer com vontade do dia seguinte...um objectivo, um rumo, um desejo...nada surge...e vive-se uma vida vazia, dias cheios de nada.
Vagueando pelos cantos do meu subconsciente...em busca de algo que se calhar não existe. Às vezes o que se quer não se procura, encontra-se...e quando não há esperança de encontrar, o que acontece?

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

I don´t wanna hear the sound...of losing what I never found...

gostei...losing what I never found...é uma boa música para um dia de chuva como este...



segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O alentejo

Eu até queria escrever....eu tenho vontade de escrever mas não me ocorre nada para escrever...
Pronto, vou escrever sobre não escrever!
Eu não escrevo porque ando sossegadinha da vida, ora não tenho aborrecimentos, nem emoções fortes...se a minha vida fosse Portugal, neste momento a minha localização seria o Alentejo!
O meu neurónio estava sentadito à sombra de um sobreiro,mítica palha na boca e a dizer ao transeunte: atão compadrriiiii....

Ora também nao sinto falta de emoções fortes (pelo menos para já)!


**hasta***

domingo, 20 de dezembro de 2009

Feliz Natal!!!!!

Não sei se alguém por cá aparece, mas em todo o caso, aqui ficam os votos de um feliz natal, para uma qq alma que eventualmente por estes lados deambule...


terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Gato que brincas na rua


Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama
Invejo a sorte que é tua
Por que nem sorte se chama.

Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes. 


És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Não, não sei...

Hoje acordei triste. Não, não sei porquê nem sei explicar. Se é que dá para explicar sentimentos. Apenas ficou presente um pressentimento de que algo não estava bem. Um sonho mais perturbado? Uma preocupação intrínseca ou camuflada? Poderá ser algo de que ainda não me apercebi e que a minha subconsciência tenta despertar? Não, não sei nem sei explicar...


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

need a laught?

ADOOOOOROOOO LOL PARA QUEM PRECISA DE UMAS GARGALHADAS :D


sábado, 5 de dezembro de 2009

sábado, 28 de novembro de 2009

*And so the lion fell in love with the lamb...*

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

EWWWW

Odeio transportes públicos, multidões de gente estranha que interferem no meu espaço pessoal...devo ter estado no comboio e metro o tempo todo com ar de enjoada...porque fiquei enjoada! E enojada também. Não gosto de pessoas, quero ser veterinária.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O segredo

O verdadeiro segredo, a verdadeira chave para conseguir sobreviver (e friso sobreviver) aqui neste mundinho é...não dar importância. Não se deixar afectar. Estilo zen. Tudo o que não presta passa ao lado. Assim, se não se der importância, também não nos afecta, e por conseguinte também não magoa. É fácil.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009




Maior, vacinada, solteira e independente...que me falta? :)




segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O gajo que há em mim!

Sábado libertei o gajo que há em mim: saí de casa logo de manha, fato de treino, cabelo preso em "rabo de cavalo" e lá fui eu para o mecanico!
Que experiência...desde pneus a bateria, até pedir ao mecanico para me ensinar a verificar o oleo foi uma alegria!
Finalmente o meu bolinhas tem radio novo mas confesso que já sinto falta do velhinho que ligava ao comando do volante....
Gostei de ser gajo...de trocar as lides domesticas por uma aula de mecanica!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Gato/a





















O gato é um animal curioso. Muito independente, não gosta que o chateiem, gosta de estar no cantinho dele e de fazer o que lhe apetece. Não gosta de ordens, e por isso só faz o que quer, e quando quer.

No entanto gosta de ter um colinho quentinho para onde ir, quando tem frio, quando lhe apetece mimo, ou quando se quer enroscar. É aí que surge o ronron e o gato sabe ser bastante meiguinho. Mas é só de vez em quando, porque o gato não aprecia grandes compromissos, pois agora apetece-lhe ter mimo mas daqui a bocado já não porque se farta e quer estar sozinho, ou ir à vidinha dele. É assim, sabe bem o que quer.

O gato devolve ao homem a exacta medida da relação que dele parte. É sábio e espelho, ele conhece o segredo da não-acção que não é inação. Nada pede a quem não o quer. É exigente com quem ama, mas só depois de muito certificar-se...Não pede amor, mas se lho dão, então ele exige.
Devido a variações constantes no seu humor, é possível dizer que, na maioria das vezes, o temperamento de um gato é imprevisível, nunca se sabe como é que ele vai reagir...são uma caixinha de surpresas!

Espírito felino...

ah! E para terminar, é de relevo salientar que em diversas culturas e mitologias, os deuses apareciam em forma de gato =P

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Cuspir para o ar...

As coisas que eu digo que nunca irei fazer, que nunca irei dizer que nunca irei buscar uma a uma acontecem-me certinho e direitinho...
Eu vou começar a dizer que não quero ter um Ferrari, que não quero que me saia o euro milhões e que nao quero um Brad Pitt ao meu lado!
É que chega a ser irónico...uma hora antes digo quem EU???Nem pensar...está tudo doido!
Uma hora depois dizem-me estavas a dizer o quê mesmo?
E eu coro...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

i'm just a little girl

I'm just a little bit
Caught in the middle
Life is a maze
And love is a riddle
I don't know
Where to go
Can't do it alone
I've tried
And I don't know why

I'm just a little girl
Lost in the moment
I'm so scared
But I don't show it
I can't figure it out
It's bring me down
I know
I got to let it goooooo
And just enjoy the show


domingo, 18 de outubro de 2009

Have I found my place?


É difícil definir o que quero, quando eu própria não sei o que quero. Ou se sei, ainda não atingi. Ou então não acredito que seja possível isso que eu quero...ou queria, ou gostaria...e será que quero? Não sei.

Acho que o problema está mesmo aí. Em achar que aquilo que eu quero não é alcançável, ou não existe, ou simplesmente é impossível. E como tenho noção disso, convenço-me a mim própria que não é isso que eu quero, por saber que nunca o vou ter. Pois mais vale isso do que passar uma vida inteira à procura da Terra do Nunca...uma busca condenada desde a sua nascença.

A outra hipótese é eu ser contra-natura. LOL. But I don't care. I'm fine that way =)